quarta-feira, 20 de abril de 2011

Indicação de Iris para Sudeco não é consolo!

Nota do jornal Opção desta semana assinada pelo Jornalista Euler Belém defende a indicação do ex-prefeito de Goiânia Iris Resende para Sudeco.


Algum governo pode desperdiçar 50 anos de história, sobretudo de história positiva? Claro que não. Iris Rezende foi prefeito de Goiânia duas vezes. Na ditadura, foi cassado pelos militares. Foi governador duas vezes. Uma vez senador. Ministro da Agricultura e da Justiça. Como ministro da Agricultura, foi responsável por duas supersafras consecutivas. Num momento em que há grandes perdas de soja no Centro-Oeste, incluindo produtores de vários municípios do Sudoeste goiano, a presença de Iris pode ser vital no comando da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste, que está sendo recriada pelo governo da presidente Dilma Rousseff.

Indicar Iris para a direção não é premiá-lo, não é consolá-lo, porque perdeu a eleição para Marconi Perillo, em 2010. Mesmo com escassa estrutura, obteve quase 47% dos votos. A escolha de Iris para coordenar a Sudeco daria estatura de ministério à superintendência. Primeiro, porque Iris tem história, reconhecida amplamente pelo vice-presidente Michel Temer e pela presidente Dilma Rousseff. Segundo, porque tem competência administrativa.

Terceiro, porque tem estatura política. Não é um “menino”, como Marcelo Dourado, que, se assumir a Sudeco, o fará como preposto do senador Rodrigo Rollemberg. Iris, pelo contrário, será um superintendente-ministro e, com sua reconhecida capacidade para gerir, pode tornar a Sudeco o motor de fato do desenvolvimento do Centro-Oeste. Por conta de sua experiência, é o único dos nomes citados que não tem resistência em Brasília, em Goiás, no Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso. Marcelo Dourado é “de” Brasília — não tem interesse genuíno pelo Centro-Oeste.

Setores da política dizem: “Se Iris assumir a Sudeco, com o controle do Fundo Constitucional do Centro-Oeste, vai fortalecer o PMDB”. Ingenuidade interpretativa. Iris vai fortalecer sobretudo o Centro-Oeste, incluindo Goiás. Mas, se fortalecer o PMDB, que mal há nisto? Para Goiás, é importante que a oposição se mantenha forte.

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