quarta-feira, 19 de outubro de 2011

POLÍTICA EM PIRACANJUBA - Termômetro para 2012

Há um ano das eleições de 2012, o final do prazo para filiações com fins de candidatura serve como um termômetro apurado do que está por vir no próximo pleito. No saldo de filiações o PSD surpreendeu ao terminar esta etapa com a filiação de nada menos que cinco vereadores. Quem saiu penalizado, tanto em Piracanjuba, como em todo o Estado de Goiás, foi o Democratas que perdeu filiações e teve dificuldades em adicionar nomes por sofrer uma indefinição no diretório local, descrito como não vigente, na consulta sobre situação dos partidos, no TRE. Nesta pesquisa constam os nomes de 21 partidos que atuam na cidade. Os principais são o PP, PMDB, PSDB, PSD, PR, DEM, PSB, PTB, PSC, PRP, PSDC, PSL, PT e PHS, por ocuparem cargos na Câmara de Vereadores, na prefeitura, por terem como membros empresários e ex-prefeitos e lideranças.


Com a saída de algumas lideranças, como a vereadora Cerzina Faleiro, o funcionário do Detran, Latino, o empresário Antonino Inocêncio, o secretário de Administração, Sebastião Mega; o prefeito Ricardo de Pina acabou assumindo a presidência do seu partido, o PP, junto com o empresário João Batista que continua fazendo parte da executiva. Há informações que fora Mega, que saiu com objetivo de fundar o PSL, e fortalecer uma coligação com o Prefeito, os outros membros do PP saíram insatisfeitos com o chefe do Executivo. Mega se filiou e pretende fortalecer o PSL, junto à lideranças da Serra Negra, como o presidente da sigla, apelidado de Perigoso e tendo como filiado também, Antonino Inocêncio.

O PSD, foi o partido que mais surpreendeu com a filiação de última hora de Marcilon Borges. A sigla fechou o período com 5 vereadores: Clayton Machado, Cerzina Faleiro, Cida Divani, Ellen de Lima e Marcilon e a maior bancada na Câmara Municipal. Além disso, o PSD, aumenta seu poder de atuação na cidade no próximo pleito por ter filiado também outras lideranças como Valdermar Paulista, empresários como Hermes, proprietário do Kibarlana, ex-vereadores Vanderlan e Nacim, e tendo à frente, o ex-prefeito e diretor da Rádio Orquídea FM, Wilson Borges e o chefe de gabinete da Casa Civil do Governo do Estado, Wesley Borges.

O PSDB, do presidente da Coapil, José Lorenço, termina o prazo de filiações com cinco secretários municipais, de Esportes, Marco Antônio, Executivo, Tom Machado, Educação, Maria Emília e Procurador Geral, Robson Cavalcante, Finanças, Wilson Lemes. O partido também conta com o nome do Pastor Eduardo que apesar das divergências na última eleição, segundo o presidente da sigla Marcelo Tatu, continua no partido. Mas o PSDB, partido com o maior número de lideranças em cargos no município, termina esta etapa tendo uma decisão difícil pela frente: solicitar ou não a vaga do vereador Amauri Ribeiro, que pode ser enquadrado na Lei de infidelidade partidária por ter deixado o PSDB para se filiar e assumir a presidência, em Piracanjuba, do PRP, diga-se de passagem, comandado no Estado pelo ex-secretário estadual de finanças do ex-governador Alcides Rodrigues, Jorcelino Braga. Aliás o chamado, pelo Jornal Diário da Manhã, Ermitão do Pito Aceso, se diz injustiçado pelo governador Marconi Perillo, e tem enviado o recado que no início do ano que volta a cena com tudo na oposição ao governo atual, com escritório em Goiânia e tudo.

Segundo o presidente do PSDB, em Piracanjuba, Marcelo Tatu, a Lei é clara e o mandato é do partido, no entanto, os três suplentes diplomados pela coligação, Yuri, Nazareno e Rogério Borges, também não seguiram a regra da fidelidade e deixaram o partido. Segundo advogados, os recursos são muitos e o prazo que o suplente assumiria a vaga não compensa a briga. Quem também acredita neste fato é o vereador Amauri Ribeiro, que apesar de tudo já tem pronta a sua defesa. “Só se chamarem o Mosquitão”, conta o vereador, se referindo à um dos últimos da lista de suplentes da coligação. Amauri relata que desde a eleição não encontrou espaço dentro do partido, dentro a sua própria candidatura dificultada pelo presidente Marcelo Tatu. Mas segundo Amauri, o principal motivo que o fez deixar a sigla é a certeza de que o PSDB dará apoio à reeleição do prefeito Ricardo de Pina e Amauri, como fez forte oposição em todo mandato seria incoerente agora continuar na sigla.

Quem termina o período de filiações sem nenhuma definição é o DEM. O médico Doriocan dos Santos confirma o trabalho para assumir a presidência da sigla. Segundo Doriocan a situação do partido depende agora do retorno do deputado Ronaldo Caiado que está em viagem ao exterior. O atual presidente é o ex-secretário de Esportes Adenildo Lima, acusado de fraudar licitação na obra do Palácio das Orquídeas. Segundo informações de bastidores Lima estaria desgastado com as lideranças estaduais. Como Doriocan tem uma forte ligação com o vice-governador José Eliton através do seu irmão, ex-prefeito de Campos Belos, Aurelino José dos Santos, o grupo de Eliton teria solicitado à Doriocan que reestruturasse o diretório de Piracanjuba, que há dois segundo ex-membros não faz nenhuma reunião. Segundo Doriocan, que acaba de se aposentar de seu emprego, como médito, em Brasília, ele tem tempo, vontade, conhecimento e condições para fazer o trabalho de reestruturação do partido na cidade.

Não há muitas informações de um número grande de novas filiações no PMDB, que só com os nomes dos vereadores Nilma França, Roger Teles e do ex-prefeito Naudiomar Elias, entre outras lideranças compõem a segunda maior força partidária da cidade. O partido que pode se unir a força do PMDB e levar a oposição à vitória em 2012 é o PSB, do empresário Donizete Cabrito. A conversa entre as lideranças entre as duas siglas é forte e eles, principalmente Donizete, tem consciência de que essa união é fundamental para vitória.

E ainda, ao final das coligações, os partidos pequenos como o PR, do vice-prefeito, João Eurípedes, continuam com seus grupos na briga por espaço nas coligações. O PTB, do vereador Juscene Estevão, que participa do governo, tem criado um espaço de influencia na cidade, também com o presidente Leandro Romano. Já o PSC, de Marconi Piracanjuba, termina o prazo com um grupo animado e disposto a lançar sua candidatura como terceira via e o PTN, das lideranças Lílian e Borginho que conversam com o PMDB e PSB.

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