As mulheres de fé, que
vão na igreja, que agem de acordo, que são evangélicas e crentes,
que falam de Deus, geralmente sofrem preconceito. Eu mesma, por
muitos anos, as julgava submissas, falsas e sem coragem para levar
uma vida independente. Porque eu pensava assim? Talvez porque, na TV,
o personagem que vai na igreja é sempre aquele falso crente, ou
santinha do pau oco, ou talvez porque cresci vendo um casamento
falido se arrastar até uma separação cheia de mágoas e
ressentimentos.
Quando comecei a
frequentar a igreja não me via naquelas reuniões de mulheres
organizando chás, orando pelos filhos, pelos maridos, pelos
carentes, pelos necessitados, pelos enfermos. Simplesmente não sabia
que elas usavam um instrumento poderoso de crescimento espiritual: a
oração.
..." na TV,
o personagem que vai na igreja é sempre aquele falso crente, ou
santinha do pau oco"...
Eu negava o casamento e
só queria o amor. Pensava que as duas coisas não podiam caminhar
juntas, que um casamento só é feliz por um tempo e se era para se
separar no momento de dificuldade ou decepção, melhor não casar
mesmo para depois ter que enfrentar a burocracia de um divórcio.
Hoje, sei que o “felizes para sempre” realmente não é para
qualquer um, só para aqueles que conseguem fazer isso com a presença
de Deus. Ainda lembro como fiquei surpresa quando comecei a perceber
como o meu coração se aquebrantava quando eu abria a Bíblia e
orava depois de uma briga que eu achava que ia dar em separação e
ficava surpresa em ver que o mesmo acontecia com meu companheiro.
Não foi fácil para
quem frequentou uma faculdade de jornalismo acreditar que uma mulher
deve obedecer o marido. Quando ouvi isso na igreja e outras coisas
do gênero nos livros da Storme Omartian, (que hoje eu adoro!) achei
mesmo que isso não era pra mim. No entanto, esse caminho não me
levou à submissão, mas àquilo que eu sempre procurei. Vivo um
relacionamento abençoado, meu marido não é perfeito, mas fomos
abençoados por Deus com o dom do perdão. Nos perdoamos mutuamente e
isso traz muita harmonia para nossa convivência. Jamais poderia ter
chegado a essa aceitação não fosse pelo amor de Deus em minha
vida. Pelas transformações que vivi lendo a Bíblia, pelas
alegrias, e principalmente pelas dificuldades que superei.
Eu fazia tantas perguntas. Porque a mulher tem que cuidar dos filhos, da casa, do marido? E quem vai cuidar de mim? No entanto, são tantos
questionamentos que apenas nos afastam da fé, tantas perguntas que
servem apenas como resistência, que só servem para nos levar pra
longe de Deus, enquanto que junto à Ele, não precisamos destas
respostas. Só precisamos viver conforme à vontade de Deus e tudo que precisamos será atendido. O amor é uma palavra tão fácil de ser proncunciada, mas muito difícil de ser vivida. Hoje quando oro e recebo uma resposta imediata do Pai,
quando percebo o quanto a minha vida mudou, meu espírito se
fortaleceu, o quanto me sinto protegida e segura diante deste ser
supremo que não vemos, mas sentimos sua presença, não me importo
se quando falo de Deus isso pode parecer ridículo, fraqueza,
ingenuidade ou até mesmo falsidade.
O amor é uma palavra tão fácil de ser proncunciada, mas muito difícil de ser vivida.
Mesmo quando os problemas mais difíceis aparecem, quando a solução parece nunca vir, sempre chega o momento em que as orações são respondidas. Hoje me apóio em Deus e fico surpresa em me ver escrevendo tudo isso e percebendo que, sem nem perceber, me transformei em uma mulher de fé.
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