quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Marcado julgamento do caso Juliene e Nicolas


Matéria publicada no jornal Diário
da Manhã, sobre a comprovação
da paternidade Marcos César.

Está marcado para o próximo dia 4 de outubro o julgamento dos acusados do homicídio da jovem Juliene Guimarães e do filho dela, Nicolas, que aconteceu em Piracanjuba, em fevereiro de 2009. Os dois acusados Fernando Fernandes e Marcos César Filho vão a júri popular. Apesar de Fernando ter confessado o crime e revelado que ele e Marcos filho haviam premeditado juntos o homicídio, até hoje, Marcos Filho não se pronunciou.

Conheça o caso:

Na época o duplo homicídio em Piracanjuba chocou os moradores da cidade. Mãe e filho de oito meses foram mortos com pancadas de objeto de metal na cabeça e enterrados em área rural próxima ao município. O crime teria sido cometido pelo suposto pai da criança, Marcos César de Oliveira Filho, 22. Coautor do crime, Fernando Fernandes Alves, 23, confessou o fato e contou com detalhes à polícia como tudo aconteceu.

Juliene de Souza Guimarães, 26, teria tido um rápido envolvimento com Marcos César há mais de um ano. Desse relacionamento, a jovem afirmava ter ficado grávida e, depois do nascimento de Nicolas, teria pedido auxílio financeiro para ajudar nas despesas do garoto. Marcos se recusava a pagar a pensão e arquitetou plano para dar fim à vida das vítimas. Na época, o delegado que cuidou do caso, Marco Antônio Martins,  disse que se espantou com a crueldade do jovem, que era estudante de Engenharia em universidade particular de Goiânia e hoje aguarda o julgamento no presídio de Piracanjuba, onde também está Fernando Fernandes.

Marcos não tinha passagens pela polícia, diferente do comparsa, que desde a adolescência comete pequenos delitos. De acordo com investigações da polícia, Marcos César teria combinado com Juliene de irem a Goiânia. Pediu que não contasse nada para os familiares porque estavam indo à Capital fazer o exame de DNA. Para convencê-la, o suspeito disse que, caso fosse o pai de Nicolas, se comprometia a pagar a pensão.

Em depoimento que durou cerca de duas horas, Fernando disse que Marcos César comprou uma passagem de ônibus para Goiânia na manhã do dia do desaparecimento da jovem e da criança, esse seria seu álibi. Na Capital, Marcos César locou um carro e voltou à tarde para Piracanjuba. Fernando disse que os dois seguiram para a saída da cidade, onde cavaram a cova para enterrar as vítimas. O buraco tinha cerca de 1,5 metro de profundidade e o mesmo de largura. Depois disso, Fernando disse que entrou no porta-malas e Marcos César seguiu ao encontro de Juliene.

Já caía a noite quando eles saíram do município e Marcos César, segundo depoimento de Fernando, disse à vítima que eles iriam dormir em uma propriedade recém-adquirida pelo pai. Ainda segundo depoimento de Fernando, Marcos César matou Juliene e Nicolas sozinho. Ele disse ao delegado que ouviu os gritos e pedidos de socorro da jovem enquanto ainda estava no porta-malas e que o autor só o retirou do bagageiro para enterrar os corpos.

Fernando disse que ouvia Juliene pedir para não ser morta e que não queria mais a pensão. Disse ainda que a criança parou de chorar primeiro e depois a jovem. Os corpos foram encontrados na mesma vala. O delegado disse que, pela posição em que estavam, eles não foram jogados, mas colocados. Juliene estava de frente, com as pernas semiflexionadas, como se segurasse o filho no colo. Os corpos já apresentavam avançado estado de decomposição. Eles foram sepultados no cemitério municipal de Piracanjuba.

Segundo testemunhas ouvidas pelo delegado, mesmo com pedido de segredo de Marcos César, Juliene contou para amigas que iria a Goiânia. Depois de cometer o crime, os dois autores voltaram à cidade como se nada tivesse acontecido. Fernando estava na escola quando foi encontrado pela polícia. Marcos César também teria continuado com as atividades normais, indo e voltando de Goiânia para as aulas.

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