segunda-feira, 28 de março de 2011

Sofrimento de pais do lixão ainda não terminou

Desde o dia 16 de novembro de 2010 os pais do rapaz Luis Carlos Costa, de 17 anos, mais conhecido como Ciganinho, entraram em uma situação de sofrimento que ainda não terminou. Foi neste dia que o filho desapareceu. Uma semana depois, o corpo do menor foi encontrado em uma cova no aterro sanitário da cidade já em estado de decomposição.

Amanhã, dia 29 de março, 4 meses depois do crime, acontece o julgamento dos acusados do assassinato mas até hoje a família não conseguiu a liberação dos restos mortais do rapaz para realizar a cerimônia fúnebre.

Desde a morte do filho, dona Simone faz uso de medicamentos que são concedidos pela Prefeitura de Professor Jamil. A família conta que em Piracanjuba não receberam apoio nenhum. Ela e o marido não se conformam em não poder enterrar o filho.

Já pagaram até a funerária mas descobriram que o corpo só é liberado depois de fazer o exame de DNA que irá comprovar que o corpo é mesmo do filho e também servirá de provas contra os autores do crime. (Está aí um exemplo de que um exame de DNA também pode servir apenas para aumentar a dor de família e que nem sempre estas invenções modernas ajudam. Neste caso, não fosse o tal exame de DNA os pais já teriam ultrapassado essa fase triste de uma perda dolorosa que é a de ver um filho morto.

A mãe jura que não é necessário. "Sei que é meu filho, nós o reconhecemos pelo cabelo", disse a mãe que agora pode ter a sua palavra contestada por um exame. A família tem contado com o apoio da Prefeitura de Professor Jamil, de uma irmã de dona Simone, Aparecida Nunes de Souza, dona de um bar, na cidade e também do Ministério Público que tem tentato buscar uma alternativa para o caso e amenizar o sofrimento desta família.

"Lá no IML me disseram que a gente podia esperar que de 8 a 10 anos esse exame sai", disse a tia de Ciganinho, Aparecida Nunes. Para que o corpo seja retirado do IML é preciso que se faça o exame Perfil Genético Fêmur no valor de R$ 3.250,00. "O valor era de R$ 8 mil, mas eles disseram que fazem por R$ 3 mil, disse a tia do rapaz.

Agora a família pobre, que vivia da coleta de lixo no Aterro Sanitária, e que já conseguiu pagar R$ 850,00 ao laborário e já pagou R$ 600,00 na funerária, tenta conseguir mais R$ 2.400,00 reais com a venda de bingos e a caridade das pessoas.

Moradores do Setor Primavera Norte e trabalhadores do lixão, Simone e Cigano não podiam imaginar que seu filho,  estava enterrado ali mesmo, onde eles passavam o dia todo. A investigação da Polícia Civil teve fim quando um amigo do rapaz, Lino Ferreira de Lima, confessou o crime e indicou onde o corpo estava enterrado. Lino conduziu os policiais ao Aterro Sanitário, onde teria efetuado 7 disparos com uma arma calibre 22 contra o jovem.

Os tiros foram disparados na cabeça e o corpo do rapaz foi encontrado com mãos e pernas amarrados. A motivação do crime seria amorosa. Segundo Lino Ferreira, a sua mulher teria lhe revelado que estava sendo assediada por Luis Carlos. Marcos Vinícius da Silva e Jean Ayres da Silva, também estavam envolvidos no crime, eles foram indiciados e irão responder por crime de homicídio. Marcos Vinícius da Silva teria recebido a arma do crime como pagamento por ter conduzido Luis Carlos ao Aterro Sanitário onde seria executado o rapaz e o outro rapaz, Jean Ayres da Silva teria ajudado Lino a enterrar o corpo.

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